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Manejo Florestal e Poda Urbana
Araucária: é possível combater o risco de extinção?
A araucária pode ser muito rentável para os produtores por meio da comercialização de suas sementes
A família Araucariaceae conta com 19 espécies, distribuídas pelo mundo em locais como Austrália, Nova Guiné, Argentina, Chile e Brasil. Aqui, a espécie existente é a Araucaria angustifólia, presente em regiões de clima mais frio, ocorrendo majoritariamente no Sul e no Sudeste.
A árvore tem o tronco reto e a copa que lembra o formato de uma taça e pode chegar a 50 m de altura. A espécie vive aproximadamente 200 anos e a sua produção de sementes (pinhão) começa a partir do 20º ano de vida.
O pinhão vem do cone feminino da árvore, chamado de pinha. É uma semente rica em energia, composta por amido, proteínas e lipídios. Pode ser usada também na alimentação.
A poda da araucária é proibida. Além de se encontrar na lista oficial de espécies ameaçadas de extinção no Brasil, a árvore faz parte da Floresta Ombrófila Mista que, por sua vez, pertence ao Bioma Mata Atlântica, e a lei da Mata Atlântica veta o manejo de espécies nativas em florestas naturais.
Porém, em alguns casos, sua poda é permitida se ela for comprovadamente plantada; quando estiver causando risco de dano a pessoas e residências; e, se for necessário o corte para obras de utilidade pública ou interesse social. Em todos esses casos, são necessários o licenciamento ambiental e a compensação ambiental obrigatória por lei. Além disso, todos os licenciamentos de pinheiros ficam suspensos entre abril e junho, em função da época de queda das sementes.
Reflorestamento
O grande período de devastação da Araucária no Brasil ocorreu entre as décadas de 1930 e 1980. Entre os principais motivos, estão:
1. A utilização da sua madeira, que é de altíssima qualidade. Por ter o tronco reto e comprido, a araucária era usada para fazer grandes vigas de madeira em uma época em que não existia tecnologia para produzir os materiais de construção que existem hoje. Sendo que, na década de 1960, o Brasil exportou muita madeira de araucária para esta finalidade.
2. Algumas áreas de floresta de araucária, especialmente as mais planas, como há no Paraná, foram incineradas para serem utilizadas na agropecuária.
3. Outras áreas de floresta de araucária foram substituídas por plantações de pinus e eucalipto, que geram muito lucro na silvicultura.
Não adianta apenas proibir o corte da araucária. É preciso que haja uma política pública para o incentivo do plantio, inclusive porque a espécie pode gerar renda para os produtores. Já foram encontrados exemplares, no Paraná e no Rio Grande do Sul, de árvores que dão pinhas de até 9 kg. Fazendo uma seleção genética e criando pomares, os agricultores podem lucrar muito com o cultivo de pinhão, ao mesmo tempo que mantém e cuidam da espécie.
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Até o próximo post!
Fonte: Mundo Husqvarna